- Venerado por Reis e monges
Considerado o mais inteligente de todos os gatos, o siamês é uma das mais atraentes e populares raças do mundo felino. Não admira, portanto, que se apresente como um dos mais procurados para gato de companhia. Tem as emoções à flor da pele o que o torna o mais hipersensível de entre os demais. Talvez por isso, afeiçoa-se de tal maneira ao dono que sem ele pode até morrer.
Datam de há 500 anos as primeiras referências a este felino. Na Biblioteca Nacional de Banguecoque, há manuscritos do século XIV que já falam no gato Siamês. Esta raça veio precisamente dessas remotas paragens asiáticas, do antigo Sião, hoje Tailândia – aí residindo a origem do seu nome -, e terá sido fruto de uma mutação. Era, então, rei e senhor, venerado por monges budistas e pela realeza. Os criadores ‘modelaram-no’ e, de gato robusto e forte, transformou-se nos exemplares magros e delicados dos nossos dias.
Na antiga cidade siamesa de Ayudha eram uma variedade muito estimada. Figuravam entre os preferidos com entrada garantida no palácio real. Há falta de informação que esclareça a sua passagem das mordomias palacianas do Oriente até à sua vinda para Ocidente. Sabe-se, no entanto, que o Cônsul-Geral de Inglaterra em Banguecoque, comprou um casal em 1884, que viriam a ser apresentados numa exposição em Londres. Porém, os siameses já tinham chegado ao velho continente. Como, ninguém sabe ao certo.
As crias nascem com o pêlo todo branco. Só mais tarde o branco sujo ou o creme característicos assumem o seu lugar. Mas, o que verdadeiramente distingue a raça, são as extremidades, quase sempre de um castanho muito escuro, perto do preto. Os mais exóticos conseguem ter as pontas azuis e até de cor lilás!
A sua cabeça é comprida, estreitando para o focinho. O nariz apresenta-se comprido e direito. Os olhos, quase sempre azuis, não escondem de onde vieram: são orientais, em linha oblíqua, a lembrar amêndoas. Tem as orelhas grandes para um corpo, médio, longo e ágil. A cauda é comprida e sem quebras. Pêlo muito curto e fino.
Tudo isto resulta num gato elegante.
O siamês é muito imprevisível nas suas reacções. De um dia para o outro, muda de atitude como quem muda de camisa. As suas formas de manifestar afecto, brincar ou simplesmente de estar, podem ser hoje bem diferentes de amanhã.
Ainda assim é bem sucedido entre os humanos, sendo destes o predilecto. Considerado um animal extraordinário, é, simultaneamente, o mais extrovertido de todos, extremamente inteligente e apegado. Mas é também o mais barulhento. Na altura do cio, então, nem se fala...
Emite miados e uivos pouco graciosos, parecendo uma criança recém-nascida. O miado forte e o carácter incomum são aquilo que mais o distingue. Num instante, é capaz de passar da maior frieza às mais vibrantes expressões de afecto. Revela-se fiel e ciumento. Façam-lhe festas no pescoço e ele será um gato feliz.
É das poucas raças que aceitam a imposição da coleira, mais uma vez, como o cão. Pode, inclusive, ser levado a passear à rua preso a uma, bastando, para tal, que o acostumem desde cedo. Vive com prazer num apartamento. O problema é que sonha com amiúde com a liberdade, a qual tenta conquistar. Quase sempre, entrega o seu afecto e dedicação a um só membro da familia. Separado dele, pode até morrer.
“Extremamente inteligente e sempre dedicado a um só dono.”
“Apesar de independente, é dos poucos que tolera a trela.”
“Afeiçoa-se de tal maneira ao dono que sem ele pode até morrer.”
Olá Fê,
ResponderEliminarNeste momento tenho um siamês, pois são os preferidos do meu filho...e ele sabe bem disso! É o gato dele, sem dúvida alguma.
Durante a semana tem o privilégio de dormir ao fundo da cama, quando o meu filho chega, muda-se logo.
Beijinho
Amiga!
ResponderEliminarO meu siamês - Kilas - foi sempre um gato super dócil, meiguinho, nada do que se diz e agora a amiga confirma no que diz respeito ao carácter.
Era de raça puríssima, pai e mãe conhecidos e ambos siameses.
Realmente ele adorava o meu marido, todos os gatos gostam mais dele :)
O nosso Kilas, quando íamos de férias, ficava literalmente doente.
Era tratado pela vizinha cá em casa e pela minha irmã, mas deixava de se alimentar e sofria imenso.
Há mais de um ano que teve de ser abatido, estava a sofrer, mas viveu e foi muito amado por 18 anos.
Beijinho
Ná